sexta-feira, 18 de dezembro de 2009




Foi “comemorado” a alguns dias o aniversário da morte de Clarice Lispector. Bom, eu sinceramente acho estranho comemorar a morte de alguém. Confesso que não conheço muito sobre a homenageada, mas sei que sempre me lembro de alguém quando vejo esse nome Clarice Lispector. Tirando algumas poucas frases e versos, sou um total leigo sobre suas artes. Mas sei também que toda mulher inteligente gosta de Clarice. Pelo que descobri, ela é o grito da mulher reprimida, o pensamento feminino de quando não haviam corajosas para fazê-lo. E uma mulher de verdade se inspira nela. Nos esbarramos por aí com algum cigarro, Clarice. Obrigado por esse pensamento abaixo. Talvez nunca conseguiria dizer com tanta sabedoria e profundidade o que você disse.

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda.”

Clarice Lispector.



sábado, 7 de novembro de 2009

"Quando eu estou triste, ela vem até mim
com mil sorrisos.
Ela me dá de graça"

HENDRIX, Little Wing



Eu não sei como tem sido pra você, mas hoje, nesse rock foi muito diferente de tudo que passei. Você me viu eu te vi, mas talvez tentamos fingir essa porra toda que não somos nada um pro outro, enquanto nada, mais sentimos falta do que um do outro. Não sei até se você irá ler essa porra, mas queria dizer que não é falta, minha, sua ou do quer que fosse...
Posso nem saber o que estou postando agora, talvez, bêbado. Estou. A minha teoria você sabe, porque você já leu, mas é essa de que o mundo é muito louco e quando menos se espera você pisca e perde a pessoa que seria pra vida inteira. E digo agora que você é essa pessoa, a minha mulher que ninguém jamais vai substituir, porque já conheci muitas, mas igual à você não pode haver, ainda sinto que fomos feitos eu pra você. Hoje sua boca na minha mesmo que seja rápido, me fez lembrar o quanto você é pra mim com esses dois selinhos. O que posso te dizer, aqui, publicamente, é que você é linda mais do que eu pensei que pode-se haver, como sempre sempre quero que você seja minha PRINCESA...
Mais do que eu sempre pensei, e mais forte do que eu poderia sonhar, vc... e ainda amo..

domingo, 13 de setembro de 2009

A viagem ao introspecto

''Andando pela rua o rato me mordeu
Pisei no rabo dele, ele se fudeu
Ai que coisa maluca rato fila da puta''


Autoria de Rato. Iburana.


Conheci Márcio nos corredores do prédio de história na UFES no começo deste ano. Estávamos programando ir ao ELEH, em La Paz, em outubro próximo. Nesses contatos para ir-mos dando continuidade a idéia apareceu uma proposta para ir até Ecoporanga, norte de estado em busca de informações sobre os movimentos de luta entre posseiros e fazendeiros e no meio disto tudo o contestado de Cotaxé. E assim começou essa experiência que mudou nossas vidas, criando laços de amizades surpreendentes entre os que foram e aos que ficaram.

Os quatros cavaleiros do apocalipse se despedem do último contato com a “civilização” e deixam Ecoporanga marchando vagarosamente rumo ao desconhecido e seco caminho que conduz até a próxima parada, em Imburana, á 18 km. Bebendo sua bebida amarga que descia quente como o sol que brilhava sobre nossas cabeças enquanto observávamos a topografia ao nosso redor. Conhecemos figuras folclóricas. O primeiro deles foi o seu Francisco que montado no acaso seguia rumo á Explosão. Ainda desconfio se não seria ele o saci em cima da mula-sem-cabeça. Ou não seria o Sr. Udelino?

Seguimos nosso caminho aonde um efeito pseudoalucinógeno comecara a nos afetar. Talvez devido a poeira que era deixada pelos carros, talvez pelo anseio de não saber o que viria na próxima curva daquele semi-árido ou talvez pela deliciosa ferreirinha que degustávamos. O efeito parecia se intensificar com a chegada da noite. Parados em baixo de uma árvore robusta tivemos a impressão de avistar um daqueles imensos gorilas das selvas africanas que estava deitado de braços abertos pronto para pular sobre nós. Os efeitos só seriam amenizados com goles d’água aonde o cavaleiro filosofo comentava que “ a água é o que revigora o ser, da vida a alma”.

Com a chegada da noite a lua nos acompanhava silenciosamente iluminando os passos sagrados dos cavaleiros que seguiam a passos fortes e decididos rumo ao destino. Com essa mesma lua entramos em Imburana após exatamente uma hora desde o encontro com seu Francisco, como ele nos disse que chegaríamos nesse horário. Logo que adentramos o pequeno lugarejo encontramos com seu Ideubrandio “o lobo manso” como se auto denominava. Conhecemos pessoas inesquecíveis Bodinho, Luís ambos donos dos boteco mais badalados do pedaço. Nada como comer e descansar na pousada da D. Nathalina. Ver o demônio Fiama. Cavaleiros não podem descansar. Pelo menos não todos. Um saiu à caça. E foi recompensado com uma carne negra ensangüentada e comida pelas formigas numa cerca de arame qualquer de uma rua escura.

No amanhecer já estávamos na estrada seguindo em direção á Cotaxé. Mais 16 km. Entrevista e relatos do “Amor”. A moqueca de cascudo na pensão da D. Neuci. Nos empanturramos á vontade. Um banho de rio refrescante para tirar a poeira que carregávamos há algum tempo já completou nossa passagem por lá.

Voltamos a Iburama. Aonde não nos deixaram voltar tão cedo para casa. Os cavalheiros foram desmontados pelo acolhimento das pessoas que naquele instante já se tornaram amigas e impossíveis de não se lembrarem no dia-a-dia. Rato, Edi e cia limitada. Um churrasco que parecia estar assando nossa própria vontade de ir. Queimando o lacre do real e nos levando ao surreal, ao um mundo que não era nosso.

Aos amigos que ficaram e esperam por nós, digo que em breve voltaremos e contarei a história desse povo. Suas lutas, suas guerras pelo sangue derramado por toda a injustiça que os homens impõem sobre seus semelhantes. Enquanto houver vida e existir pessoas que não aceitem a crueldade de uma minoria tirana, digo, para que não paremos de lutar por nossa liberdade. Que nos roubem tudo, apenas nos deixem livres para conquistarmos mais do que tínhamos antes.

Um abraço Márcio, Jesus e Vander pela companhia, pelas descobertas da nossas próprias almas.

Isso é apenas um começo de uma vida que se ergue. Próximo parada Bolívia, La Paz. Estoy llegando.


domingo, 30 de agosto de 2009

O sol, o mar e você.





''Ás vezes já reparou no sol, com ele é grande? Em toda sua magnitude e grandeza ele ilumina a todos sem importar com quem quer que seja. Ele é realmente grande. Em um simples pôr-do-sol, se cria imagens -dependendo do momento e da pessoa- inesquecíveis. É diferente do ar que podemos sentir, mas não vê-lo. Diferente também, da água que vemos a sua clareza, porém não sentimos seu sabor. O sol ao contrário dos outros vemos suas belas cores no nascer e no morrer. Sentimos sua força que queima e alimenta os ossos. Quando decidimos crescer e fazer coisas de adultos, viajar ,ás vezes solitariamente, a única companhia que temos é o sol. Ele nos guia. Faz-nos lembrar de momentos em lugares com pessoas desfrutando de horas que jamais teremos afinal nenhum pôr-do-sol é igual ao outro. Em pensar que os antigos o cultuavam respeitando-o e servindo com receio de nunca desagrada-lo. Hoje talvez não tenhamos feito tanta cerimônia do seu esplendor. Quando foi a última vez que acordamos para ver o sol nascer? Já faz tempo. Mesmo assim ele não se zanga conosco. Amanhã ele estará lá pronto e perfeito para que possamos vê-lo. Quando está um calor fora do comum culpamos a ele. Mas quando acordamos naquele sábado de manhã e está caindo àquela chuva fina, lenta e preguiçosa pensamos: “cadê você?”. Sabemos onde ele está, mas sempre perguntamos. Está lá em cima a brilhar com a mesma força e poder aquecendo corações frios e tristes dos que vem e vão. Talvez ninguém saiba da verdade que ele nasce todos os dias só porque ele saiba que existam pessoas para contemplar a sua grandeza. No dia em que não houver quem o veja, ele não nascerá.''



Bom existe um resto do texto- que na verdade foi uma carta- que não foi postada. Bom, gosto desse texto e queria posta-lo aqui. É, o sol é legal.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Aos chatos


Como as pessoas chatas não percebem o quanto são desagradáveis. O quanto fazem mal as pessoas de boa convivência. Para chamar a atenção, dizem mil vezes a mesma coisa sem se cansarem, repetem o que já fora ouvido em várias vezes anteriormente. Certas pessoas precisam ser desnecessárias, porque se não, automaticamente perdem suas identidades medíocres de contadores de “estórias” repitidas. Isso na melhor das opções. Mas o pior tipo é aquele vai chegando numa boa conversa sem ser convidado, dando suas opiniões “pré-formadas” sobre o assunto. Essa é a pior corja que temos no mercado hoje. Insuportáveis que acham que sabem de tudo. Malditos. Não vão mudar o mundo com essas maneiras de se comportarem estupidamente. Chato pobre, até que vai. Porque é só você mandá-lo calar a boca e está tudo resolvido. Mas o pobre rico é um inferno. Intelectual, sempre de óculos fundo de garrafa e flácido, vem como se não estivesse ouvindo nada para começar seus discursos moralistas com os mesmos borjões: “Peraí, peraí não é assim não, vou te explicar”. Ou “Isso me lembrou uma história, rapá”. Bom, não me perguntem uma solução. O que eu pediria de uma forma lacônica, é: Calem a porra da boca, por favor!!!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sobre alguma coisa.


''Meu santo tá cansado
Não vou dizer que tenho saldo sobrando
Não tô devendo, mas a vida de homem é assim mesmo
Uma lona de freio aqui
Um motor fazendo um barulho ali
Não vou dizer que não menti''
Meu santo tá cansando- O Rappa

A dificuldade nos relacionamentos me fascina. A palavra não dita quando deveria ter sido falada. A palavra negada quando falar teria sido importante. Um silêncio destrutivo. Mas existe também o silêncio bom, em lugar de erguer muros, abre espaços. É a não-necessidade de falar entre pessoas seguras do seu carinho mútuo. Elas ficam perfeitamente felizes sentadas juntas, cada uma lendo seu livro, seu jornal, fazendo seu trabalho. De vez enquanto uma palavra, um gesto de afeto e ao redor delas abre-se um circulo harmônico. Na vida nem tudo é sofrimento, esterilidade e solidão. A dor faz parte, mas há momentos de magia para todos.

Quando a linguagem é simples ou até supérflua, é porque o sentido é real, e assim entendido, podemos escutar a alma do outro na sua respiração. Todo ruído, toda a agitação, e até mesmo a fala, serão secundários. Os amantes não vão se calar por mágoa ou impotência, mas porque algo os expressa melhor do que as mais contundentes palavras.


Adpatado...






quarta-feira, 22 de julho de 2009

Riu?

Gosto de rir. Gosto de ver alguém rindo. Aqueles bem largos, espontâneos e tal. Gosto de colocar aquela música que me deixa em outro mundo, aí me pego sorrindo. É. Eu sorrio sozinho também, e completamente sem noção, beirando a loucura. Sorrio porque sei que é mentira ou talvez seja tudo verdade o que acontece. Sorrio porque às vezes me sinto tão fudidamente que nem sei por que estou sorrindo deste massacre. Sorrio porque às vezes me sento e realmente não sei o que fazer sobre nada, travo completamente. Sorrio porque a morbidez me faz um usuário cotidiano de pensamentos que nem deveriam existir em mim. Sorrio porque não sou o único anormal – como a maioria me chama- que gosta do Soulfly cantando The Beautiful People – eles ainda não sabem o que é bom-. Sorrio porque sinto saudade, calor, frio, tudo, menos você. Agora eu rio, porque meu corpo já nem me obedece mais, não funciona como antes – realmente estou decaindo-. Sorrio porque sei de coisas que não queria saber, de sentir sentimentos que não queria sentir, de escrever textos que não queria escrever. Sorrio porque sei quando alguma coisa vai acontecer - e isso me assusta-. Sorrio porque escrevo. E rio porque você ri pra mim.

terça-feira, 19 de maio de 2009

La Bella









Anna Torv vive a personagem Olivia Dunhan.

Uma agente do FBI.






Bom, há umas semanas atrás, comecei a assistir uma série chamada Fringe. Mas logo na primeira cena descobri que realmente deveria ser interessante. Isso se deve, ao fato de haver uma atriz que me chamou muita atenção. Eu, há muito tempo não via uma beleza igual à dela. Comecei a assistir mais pela atuação dela, mas com o decorrer dos episódios, percebi que a série é boa. Bom elenco, usando de muita tecnologia desvenda crimes surpreendentes num enredo cheio de suspende e dúvidas. A série é boa, mas ela é muito melhor.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Até quando?

Mas Deus lhe disse: ''Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?''
Lucas 12; 20


Às vezes ainda alguns fatos me surpreendem. O homem se julga tão elovuído, tão “século 21” e fatos tão medievais acontecem o tempo todo, em todo o mundo. Vi nos noticiários, um navio que saiu carregado de um material não divulgado do Brasil que no meio do seu percurso foi “atacado por navios piratas”. Confesso que ainda não digeri completamente a ideia. Agora a gripe suína que ontem não existia, mas na madrugada de hoje já estava no mundo todo. Fenômeno estranho inexplicável ou se preferir, milagre. O homem com todo seu aparato moderno e sua pesquisa descobriu o comprimento de Planck, e até quase como “criar” o Big Bang, entre inúmeros avanços. Mas quando vai descobrir a paz no seu coração? Como vai inventar tempo para se relacionar de verdade com os outros da sua espécie? Confesso que os nativos que habitavam por essas bandas sabiam ser mais felizes e menos preocupados de como se ganhar alguma guerra idiota planejada por alguns burgueses da Trilateral. Só quando o homem desvendar o menor dos mistérios, descobrir todos os elementos da natureza, provar que Deus não existe, destruir todo o planeta e queimar todos os alimentos, talvez ele verá que perdeu a vida toda procurando por algo que já existia e estava dentro dele, sempre, mas nunca parou pra perceber. A felicidade. Não essa que vemos hoje. Aonde você para ser feliz não pode ver, ouvir e tem que ser uma marionete nas mãos do outro. Quando vamos descobrir uma maneira de inventar o bom senso?







sexta-feira, 1 de maio de 2009

Os ventos da mudança começam a soprar

Aquela sala vazia ficava ainda mais vazia quando ela entrava. Tão silenciosa que eu podia escutar sua respiração. Será que ela vai entrar? Já abriu a porta. Poderíamos ter mudado isso. Poderíamos ter evitado que chegasse a esse ponto. Poderíamos mesmo?

Não. Não. Ela abrindo essa porta agora me fez ver que tudo o que fizemos nesses anos, caminhamos exatamente para isso. Treinamos nossas vidas pra nos machucar. “Humpf”! Engraçado. Isso era o que sabíamos fazer de melhor, discutir, brigar. Passamos tanto tempo da vida em provar quem tinha a maldita razão, e ambos errados. Todos estão errados, estamos errados. Esse pé que entra nessa sala. Meu Deus! Lembro-me de ter prometido caminhar ao lado desses pés sempre. Tantos sonhos. Eu não tenho sonhado muito, eu não durmo mais. Essas pernas que vão adentrando nessa casa. Não posso esquecer daquele dia... É isso. Sempre foi isso. Não queríamos um ao outro, não sei o que ela queria. Tudo tem mudando tanto. Quando foi que conversamos pela última vez mesmo? Entrou! Finalmente. Um silêncio ensurdecedor paira nessa sala, como ela. Ela quebra o silêncio querendo saber se eu iria jantar. Não me posso por à mesa com você. Eu não te conheço. Não sei mais quem é você. E só o que eu vejo são as suas costas pra mim se retirando da sala. Até quando? Ela se foi novamente. Mas a sala continua vazia. Agora um pouco menos. Mas não posso mais ouvir sua respiração.





sexta-feira, 24 de abril de 2009

Enquanto isso...

..."Got your lovey-dovey sad and lonely
Stick your stupid slogan in
Everybody sing".

Trecho de This is the new shit
By Marilyn Manson



Enquanto a sociedade finge pregar o amor e viver em busca dele, na verdade, estão preocupados em somente preencher esse vazio imenso que existe dizendo que devemos buscar a felicidade. Enquanto você chora por um amor não correspondido ( que nunca terá) o mundo gira num caos negro. Fome na África, guerras na Terra Santa, prostituição na Ásia e golpes na América. Enquanto a esposa trai seu marido numa cama suja de um hotel no centro com “um porco’’ por cima, nem se dá conta que está sendo filmada para amanhã estar na “net” fazendo a alegria dos solitários internautas. Enquanto estamos dando ouvidos aos políticos em suas campanhas, suas filhas estão no México gastando mais em ligações em celulares do que você vai ganhar neste ano inteiro. Enquanto estou escrevendo isso, todas essas coisas estão acontecendo lá fora. O mundo não vai parar por você, pelo seu choro, pela sua tristeza, pela sua falsa esperança de alegria e felicidade. A sociedade ignora sua existência. Você é mais um peão neste tabuleiro criado por Ele. Enquanto isso, o mundo gira. O mundo não pára.





quarta-feira, 8 de abril de 2009

Um sonho


'' Dor constante minha mente muito mais alta me faz sonhar/ Eu só quero um lugar pra descansar/ A minha bússola não tem mais pra onde apontar/ Tudo o que eu tenho, uma certeza... Eu não descanso quando fecho os meus olhos, o som de morte soa contra minha paz/ Transbordando o cálice do meu pranto/ e não há lugar aonde descansar... O meu socorro num piscar dos meus olhos/ A minha paz ouvindo o som da Tua voz/ A Tua mão pra dissipar o meu pranto/ És o meu lugar aonde descansar''.

Meu lugar- Resgate.





Ultimamente tem caído uma chuva torrencial.

Que som forte. Não me deixa ouvir nada, além dela. Eu não posso ver nada além dessa chuva, que parece trazer anjos tristes pra perto de mim. Nunca tinha ouvido falar, visto algo assim. Só posso sentir a sua força devastadora destruindo tudo a minha volta. Nada á pára. Não entendo, da onde vem toda essa energia, essa tempestade escura que não me deixa ver um palmo a frente. Alguém pare isso. Isso é o olho do furacão? Sublime. Vejo tudo. Não entendo nada. Também não a vejo. Longe sozinha. No outro pier. E esse oceano que nos separa? Teu olhar me procura? O meu lhe encontra. Esse vento repentino lhe despenteia por completa. E você se vai, olhando em meus olhos, deixa a praia, nesse dia frio. Essa tempestade não vai se dissipar?





sábado, 4 de abril de 2009

Eu não acredito neste Deus..


Criaram um deus capitalista que apenas resolve os problemas financeiros. Um deus que considera toda e tudo como filhos dele. Que cura através de madeira, barro pintado ou São Jorge. Eu não acredito nesse deus. Eu não sou escravo de um deus que não existe, de um deus criado por homens apenas para satisfazer as suas necessidades em tempos de crise. Somos escravos de um mundo que está preso em seus preconceitos sempre pronto a escravizar-nos. Não feche os olhos para a verdade. Você nunca será um “rock-star”. Esse deus que os palestinos e judeus criaram para justificar suas guerras e trazer à dor, a morte, a infelicidade de milhares de pessoas não pode ser o Deus que criou um paraíso. Se "Ele" ordenou que fosse assim, isso o torna um assassino humano tanto quanto você. Toda essa porcaria que é enfiada em nós sem nem ao menos paramos pra pensar. Enquanto houver diversão estamos prontos pra agüentar tudo. Eu não sou escravo desse deus que criaram. Acredito em um Deus que não precise de nenhum ser vivo para ser grande. Afinal, Ele sustenta todos os cem bilhões de anos luz que conhecemos no universo. Eu não sou escravo de um deus que não existe, de um deus criado por homens, não somos escravos de um mundo que não existe. Lute...

Rm 1:21a27.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Nem tudo é o que dizem ser

http://www.pentagonstrike.co.uk/pentagon_bp.htm

quinta-feira, 26 de março de 2009

sábado, 14 de março de 2009

Meu Brasil brasileiro... Plim Plim



Existem certas coisas que leio, que nem acredito que realmente alguém tenha a coragem de publicar esses artigos em jornais de fama internacional. Comentários do tipo: “O Brasil não oferece estrutura ou algum tipo de segurança para os turistas que desejam conhecê-lo.” Ou tipo: “ A violência no Brasil mata mais que nas guerras do Oriente Médio.” O engraçado é ver isso sendo publicado e divulgado por uma dúzia de críticos americanos hipócritas que insistem em falar mal do Brasil, enquanto o governo deles invadem um país, subjugam um povo belicamente mais fraco em troca do seu padrão de vida, enche de bombas um pais inteiro, criam campos de concentração alá Auschwitz e veem me falar de um favelado da Rocinha que bate carteira pra comprar comida? Que tal eles pintarem a Casa Branca, afinal ela não é tão mais branca assim.

Enquanto o caso da Izabela Nardoni ficou meses no ar, a “garotinha” ( porque nem falam o nome dela) que foi estuprada dos seis anos até os nove já nem se comenta mais. Por quê? Porque tocam na ferida de uma classe burocrática que gosta disto. Jogam uma menina pela janela – com uma massificação da mídia sobre o caso. Que alias teve seus frutos no nordeste, quando um pai ameaçou jogar a filha da janela. Enquanto a menina ficava pendurada ele gritava: “Os Nardoni são foda-” e ignoram quantas crianças são vendidas pelos pais no nordeste para os “gringos se deliciarem como melhor da terra”. È melhor jogar da janela? Não! Alugar é melhor. Podem fazer o que quiserem com as nossas crianças. Quanto aparece um caso igual a da “garotinha”, todos ficam chocados. Se quisessem poderiam fazer dezenas de matérias sobre pedofilia por dia e não acabaria mais.

Os paises europeus –principalmente, agora o legado passou a ser americano- desde de o neo-colonialismo sempre levantaram a bandeira como sendo os donos do mundo. Dividiram a África como bem quiseram. Gritaram ao mundo: Ei! Nos somos foda. Vocês devem saber sobre nós, conhecer nossas cidades, - Paris, Londres, Berlin, Roma...- falar nossas línguas. Porque somos melhores!”. E isso nos aceitamos. “Qual é o seu sonho? Ah meu sonho é tirar uma foto na torre Eiffel.” Pergunte á algum parisiense qual a capital do Brasil? “ Rio de janeiro? Futebol? Samba? Mulher pelada?” Por Deus, e nos somos ignorantes ainda. Enquanto a Globo vende um Rio só do Leblon e Copacabana somos apenas mais uns incentivadores do caso como o da “garotinha” .


quarta-feira, 11 de março de 2009

O folk blues real


Chovia tanto naquela manhã que as gotas d’água faziam apenas uma leve lembrança de mais uma noite conturbada. Parada próxima à janela, ela apenas podia tomar seu café amargo e insuficiente para curar a sua dor. Lembranças de alguém tão distante que mesmo depois de tantos longos e chorosos anos, não pode esquecê-lo. A ferida ainda aberta, corre o veneno da saudade. Saudade que a gramática não pode traduzir. Saudade que ultimamente vem criando uma redoma de sentimentos complexos e duvidosos. “Será que valeu apena isso tudo?”. E por todos os dias de sua vida ela irá lembrar da carta que ele a deixou. Cada palavra, cada letra. O cheiro. E essa mesma chuva que caía naquele dia frio de outono.

Sei que tudo isso foi muito rápido, profundo e se você me conhecesse por mais um minuto saberia como é difícil pra eu escrever qualquer coisa. Quando você acordar eu não vou estar mais aqui. Sei também que eu fiz o meu melhor nesses nove dias loucos que nos ficamos no seu apartamento. Eu queria lhe dizer que se eu não ficar com você agora tenho a sensação que não nos veremos mais. O mundo é muito grande, sacana e cheio de reviravoltas. E as pessoas têm a mania de piscar, se distrair e perder o momento que podia ter mudado tudo. E não sei falar se você realmente deveria se arriscar em um salto no escuro pra poder gostar de mim, mas porra, você cheira bem, como um lar pra mim. E faz um café muito bom- se isso valer de alguma coisa-.
Me liga. Sempre seu...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009


Alguém realmente sabe quando pessoas devem se separar? Ou elas somente fazem isso por pensarem que é o certo? Não existe o certo. Talvez exista o menos errado. E quando vemos que erramos mais do que acertamos? Errar não quer dizer ser incompetente, afinal, todo mundo erra. Mas permanecer no erro, buscando todos os meios para fugir do sentimento que sempre haverá pelo outro não é muito esperto. Isso é suicídio lento e constante. Morre-se por dentro.

Preciso falar com você!!! Agora? Se possível sim. Agora não dá. Não? Por que? Estou muuuuiiiito ocupada exatamente, agora. Ocupada? Com o quê, meu Deus, você está sentada nesse banco á horas, que eu já estava te observando. Pois é amor, realmente queria te ajudar, mas vamos deixar assim mesmo, é melhor; E você já está me distraindo. Me explica, ao menos nem conversar um pouco? Não posso. Já falei caramba!!! (Suspiro) OK, OK. De novo, com o quê? Não posso me distrair falando com você. Por que? Porque sentei aqui pra pensar em você...”

E assim vai-se o tempo.
Esse não é um livro de amor. Creio que não. Mas sim, um livro sobre o efeito desse sentimento em nós, pobre mortais.
“Eu sei que vou te amar por toda minha vida eu vou te amar
A cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que vou te amar
Em cada verso meu será pra te dizer que
Eu sei que eu vou te amar por toda a minha eu sei... ’’