quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sobre alguma coisa.


''Meu santo tá cansado
Não vou dizer que tenho saldo sobrando
Não tô devendo, mas a vida de homem é assim mesmo
Uma lona de freio aqui
Um motor fazendo um barulho ali
Não vou dizer que não menti''
Meu santo tá cansando- O Rappa

A dificuldade nos relacionamentos me fascina. A palavra não dita quando deveria ter sido falada. A palavra negada quando falar teria sido importante. Um silêncio destrutivo. Mas existe também o silêncio bom, em lugar de erguer muros, abre espaços. É a não-necessidade de falar entre pessoas seguras do seu carinho mútuo. Elas ficam perfeitamente felizes sentadas juntas, cada uma lendo seu livro, seu jornal, fazendo seu trabalho. De vez enquanto uma palavra, um gesto de afeto e ao redor delas abre-se um circulo harmônico. Na vida nem tudo é sofrimento, esterilidade e solidão. A dor faz parte, mas há momentos de magia para todos.

Quando a linguagem é simples ou até supérflua, é porque o sentido é real, e assim entendido, podemos escutar a alma do outro na sua respiração. Todo ruído, toda a agitação, e até mesmo a fala, serão secundários. Os amantes não vão se calar por mágoa ou impotência, mas porque algo os expressa melhor do que as mais contundentes palavras.


Adpatado...






quarta-feira, 22 de julho de 2009

Riu?

Gosto de rir. Gosto de ver alguém rindo. Aqueles bem largos, espontâneos e tal. Gosto de colocar aquela música que me deixa em outro mundo, aí me pego sorrindo. É. Eu sorrio sozinho também, e completamente sem noção, beirando a loucura. Sorrio porque sei que é mentira ou talvez seja tudo verdade o que acontece. Sorrio porque às vezes me sinto tão fudidamente que nem sei por que estou sorrindo deste massacre. Sorrio porque às vezes me sento e realmente não sei o que fazer sobre nada, travo completamente. Sorrio porque a morbidez me faz um usuário cotidiano de pensamentos que nem deveriam existir em mim. Sorrio porque não sou o único anormal – como a maioria me chama- que gosta do Soulfly cantando The Beautiful People – eles ainda não sabem o que é bom-. Sorrio porque sinto saudade, calor, frio, tudo, menos você. Agora eu rio, porque meu corpo já nem me obedece mais, não funciona como antes – realmente estou decaindo-. Sorrio porque sei de coisas que não queria saber, de sentir sentimentos que não queria sentir, de escrever textos que não queria escrever. Sorrio porque sei quando alguma coisa vai acontecer - e isso me assusta-. Sorrio porque escrevo. E rio porque você ri pra mim.