quinta-feira, 26 de março de 2009

sábado, 14 de março de 2009

Meu Brasil brasileiro... Plim Plim



Existem certas coisas que leio, que nem acredito que realmente alguém tenha a coragem de publicar esses artigos em jornais de fama internacional. Comentários do tipo: “O Brasil não oferece estrutura ou algum tipo de segurança para os turistas que desejam conhecê-lo.” Ou tipo: “ A violência no Brasil mata mais que nas guerras do Oriente Médio.” O engraçado é ver isso sendo publicado e divulgado por uma dúzia de críticos americanos hipócritas que insistem em falar mal do Brasil, enquanto o governo deles invadem um país, subjugam um povo belicamente mais fraco em troca do seu padrão de vida, enche de bombas um pais inteiro, criam campos de concentração alá Auschwitz e veem me falar de um favelado da Rocinha que bate carteira pra comprar comida? Que tal eles pintarem a Casa Branca, afinal ela não é tão mais branca assim.

Enquanto o caso da Izabela Nardoni ficou meses no ar, a “garotinha” ( porque nem falam o nome dela) que foi estuprada dos seis anos até os nove já nem se comenta mais. Por quê? Porque tocam na ferida de uma classe burocrática que gosta disto. Jogam uma menina pela janela – com uma massificação da mídia sobre o caso. Que alias teve seus frutos no nordeste, quando um pai ameaçou jogar a filha da janela. Enquanto a menina ficava pendurada ele gritava: “Os Nardoni são foda-” e ignoram quantas crianças são vendidas pelos pais no nordeste para os “gringos se deliciarem como melhor da terra”. È melhor jogar da janela? Não! Alugar é melhor. Podem fazer o que quiserem com as nossas crianças. Quanto aparece um caso igual a da “garotinha”, todos ficam chocados. Se quisessem poderiam fazer dezenas de matérias sobre pedofilia por dia e não acabaria mais.

Os paises europeus –principalmente, agora o legado passou a ser americano- desde de o neo-colonialismo sempre levantaram a bandeira como sendo os donos do mundo. Dividiram a África como bem quiseram. Gritaram ao mundo: Ei! Nos somos foda. Vocês devem saber sobre nós, conhecer nossas cidades, - Paris, Londres, Berlin, Roma...- falar nossas línguas. Porque somos melhores!”. E isso nos aceitamos. “Qual é o seu sonho? Ah meu sonho é tirar uma foto na torre Eiffel.” Pergunte á algum parisiense qual a capital do Brasil? “ Rio de janeiro? Futebol? Samba? Mulher pelada?” Por Deus, e nos somos ignorantes ainda. Enquanto a Globo vende um Rio só do Leblon e Copacabana somos apenas mais uns incentivadores do caso como o da “garotinha” .


quarta-feira, 11 de março de 2009

O folk blues real


Chovia tanto naquela manhã que as gotas d’água faziam apenas uma leve lembrança de mais uma noite conturbada. Parada próxima à janela, ela apenas podia tomar seu café amargo e insuficiente para curar a sua dor. Lembranças de alguém tão distante que mesmo depois de tantos longos e chorosos anos, não pode esquecê-lo. A ferida ainda aberta, corre o veneno da saudade. Saudade que a gramática não pode traduzir. Saudade que ultimamente vem criando uma redoma de sentimentos complexos e duvidosos. “Será que valeu apena isso tudo?”. E por todos os dias de sua vida ela irá lembrar da carta que ele a deixou. Cada palavra, cada letra. O cheiro. E essa mesma chuva que caía naquele dia frio de outono.

Sei que tudo isso foi muito rápido, profundo e se você me conhecesse por mais um minuto saberia como é difícil pra eu escrever qualquer coisa. Quando você acordar eu não vou estar mais aqui. Sei também que eu fiz o meu melhor nesses nove dias loucos que nos ficamos no seu apartamento. Eu queria lhe dizer que se eu não ficar com você agora tenho a sensação que não nos veremos mais. O mundo é muito grande, sacana e cheio de reviravoltas. E as pessoas têm a mania de piscar, se distrair e perder o momento que podia ter mudado tudo. E não sei falar se você realmente deveria se arriscar em um salto no escuro pra poder gostar de mim, mas porra, você cheira bem, como um lar pra mim. E faz um café muito bom- se isso valer de alguma coisa-.
Me liga. Sempre seu...